6 – Melhores práticas – Diretrizes lombar, cervical e outras

Este é um Material muito importante.

Por ser muito longo esta dividido em 6 partes – esta é a sexta e ultima.

Algumas das condições da dor músculo esquelética crônica mais comuns. 

(1) lombalgia,

(2) dor no pescoço,

(3) cefaléia tensional,

(4) Osteoartrite de joelho e quadril e

(5) fibromialgia.

 

  1. Dor lombar crônica:

Considerações de diagnóstico para Dor lombar crônica (LBP)

  • 1 – Desenvolva um diagnóstico de trabalho baseado em evidências. Os provedores devem desenvolver diagnósticos de trabalho baseados em evidências que descrevam as características da condição que informarão uma abordagem de gerenciamento.
  • 2 – Considere o tipo de dor fisiológica. Os agentes são aconselhados a considerar se a provável causa dominante da LBP é neuropática, nociceptiva e/ou devido à sensibilização central para determinar as estratégias de tratamento mais adequadas.

Diagnóstico por imagem

1 – Evite imagens de rotina. Imagens de rotina não são recomendadas para pacientes com lombalgia inespecífica. Os fatores que indicam a necessidade de imagem são como segue:

  1. Déficits neurológicos graves e/ou progressivos.
  2. Suspeita de anomalia anatômica, como espondilolistese.
  3. Trauma severo.
  4. Outras bandeiras vermelhas na história ou exame físico.
  5. O paciente não mostra melhora após um tratamento razoável.
  6. Fatores adicionais variam de acordo com a localização e o tipo de dor.

2 – Considere imagens avançadas para alguns casos de radiculopatia. Para pacientes com CLBP acompanhada de radiculopatia, as imagens de ressonância magnética (MRI) ou tomografia computadorizada (TC) são preferidas a radiografias simples. Certas condições que não são detectadas no exame físico, como estenose espinhal, podem exigir a detecção de ressonância magnética.

Intervenções

  • 1 – Considere várias abordagens. Tanto as intervenções ativas quanto as passivas, tanto físicas quanto mente-corpo, devem ser consideradas no plano de manejo. O seguinte é recomendado, com base em evidências atuais.
    • Intervenções físicas ativas:
      • Exercício
      • Yoga / qigong (que também pode ser considerado intervenções “mente-corpo”)
      • Conselhos sobre estilo de vida para se manter ativo; evite sentar; controlar o peso em caso de obesidade ; e parar de fumar
    • Intervenções físicas passivas:
      • Manipulação/mobilização espinhal
      • Massagem
      • Acupuntura
      • Terapia de Laser de Baixa Intensidade (LLL)
      • A estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) ou corrente interferencial pode ser benéfica como parte de uma abordagem multimodal, no início do tratamento para ajudar o paciente a se tornar ou permanecer ativo.
    • Ativos e passivos combinados: reabilitação multidisciplinar
    • Intervenções psicológicas/mente-corpo
      • TCC: terapia cognitiva comportamental
      • Redução do estresse com base na atenção plena
  1. Dor crônica no pescoço

Diagnóstico por imagem

Considere as circunstâncias apropriadas para a geração de imagens. De acordo com o American College of Radiology:

  • 1 – AP e lateral da coluna cervical pode ser apropriado em pacientes com uma história de:
    •  (1) dor de garganta crônica com ou sem trauma; 
    • (2) malignidade; ou
    • (3) cirurgia no pescoço.
  • 2 – Imagens de diagnóstico para identificar degeneração não são recomendadas porque não foi determinado que seja necessariamente uma fonte de dor.
  • 3 – Radiografias em série da coluna cervical não estão associadas a melhores resultados.

Intervenções:

  • 1 – Considere várias abordagens. Tanto as intervenções ativas quanto as passivas, e tanto físicas como mente-corpo, devem ser consideradas no plano de manejo para obter o efeito terapêutico máximo. Os itens a seguir são recomendados, com base nas evidências atuais.
    • Intervenções físicas ativas:
      • Exercício (amplitude de movimento e fortalecimento).
      • Exercício combinado com manipulação / mobilização.
    • Intervenções físicas passivas:
      • Manipulação e mobilização da coluna
      • Massagem
      • Terapia de Laser de Baixa Intensidade (LLL)
      • Acupuntura
      • Essas modalidades podem ser adicionadas como parte de um plano de tratamento multimodal, especialmente no início, para ajudar o paciente a se tornar ou permanecer ativo:
      • Estimulação nervosa transcutânea (TENS), tração, ultrassom e corrente interferencial.
    • Intervenções mente-corpo
      • Ioga
      • Qigong
  1. Cefaleia tensional crônica

Considerações de diagnóstico para cefaleia tensional

Por definição, cefaleia do tipo tensional (CTT) é aquela que ocorre pelo menos 15 dias por mês por mais de 3 meses. Pode ser diária e persistente e pode ser acompanhada de náuseas leves.  CTT é diagnosticada exclusivamente pela história, embora um exame focado que inclua a pressão arterial também deva ser realizado. Imagens e outros exames especiais não são indicados, a menos que a história ou o exame sugiram outra condição, que pode ser a causa subjacente.

Intervenções:

  • 1 – Considere várias abordagens. Tanto as intervenções ativas quanto as passivas, e tanto físicas como mente-corpo, devem ser consideradas no plano de manejo para obter o efeito terapêutico máximo. O seguinte é recomendado, com base na evidência atual:
    • Intervenções físicas ativas
      • Garantia de que a CTT não indica a presença de uma doença.
      • Conselhos para evitar gatilhos.
      • Exercício (aeróbio).
    • Intervenções físicas passivas
      • Manipulação da coluna
      • Acupuntura
      • Pacotes frios ou géis mentol
    • Ativos e passivos combinados
    • Intervenções mente-corpo 33
      • TCC: terapia cognitiva comportamental
      • Terapia de relaxamento
      • Biofeedback
      • Meditação da atenção plena
      •  
  1. Osteoartrite do Joelho e do Quadril (OA)

Osteoartrite do Joelho

Considerações de diagnóstico para OA de joelho

  • 1 – Confie primeiro na história e no exame físico. Para OA de joelho, o diagnóstico depende da história e dos achados do exame físico e geralmente é confirmado com radiografias simples. Os exames laboratoriais são reservados para descartar outros diagnósticos. É mais comum em adultos mais velhos e obesos (índice de massa corporal> 30).

Diagnóstico por imagem

  1. Normalmente, a imagem não é necessária. A imagem não é necessária para a apresentação típica de OA do joelho; entretanto, com dor crônica no joelho, radiografias convencionais (simples) devem ser utilizadas antes de outras modalidades de imagem. Considerações sobre as incidências radiográficas são importantes para otimizar a detecção de OA do joelho e, especificamente, a descarga de peso e as incidências femoro patelares são recomendadas.
  2. Considere imagens avançadas em alguns casos. Para diagnósticos adicionais, os tecidos moles são melhor visualizados com ultrassom diagnóstico ou ressonância magnética sem contraste, e os ossos por tomografia computadorizada ou ressonância magnética. Fatores radiográficos para dor crônica no joelho em que a ressonância magnética sem contraste IV é geralmente apropriada para incluir:
    1. Radiografias negativas
    2. Derrame articular
    3. Osteocondrite dissecante
    4. Corpos soltos
    5. História de cartilagem ou reparo meniscal
    6. Lesão óssea prévia (ou seja, segunda fratura e avulsão da coluna tibial)

Intervenções

1 – Considere várias abordagens. Tanto as intervenções ativas quanto as passivas, tanto físicas quanto mente-corpo, devem ser consideradas no plano de manejo. O seguinte é recomendado, com base na evidência atual:

  • Intervenções físicas ativas:
    • Exercício
  • Intervenções físicas passivas:
    • Terapia manual
    • Ultrassom
    • Acupuntura, usando “alta dose” (maior frequência de tratamento, pelo menos 3 × semana)
    • Terapia de Laser de Baixa Intensidade (LLL)

Osteoartrite do Joelho e do Quadril

Considerações de diagnóstico para Osteoartrite do Joelho e do Quadril

  1. Desenvolva um diagnóstico clínico. A OA do quadril comumente se apresenta como dor anterior ou posterior do quadril, com dor profunda e persistente na virilha que piora com a atividade. O American College of Rheumatology, apoia o diagnóstico clínico de OA do quadril quando os pacientes apresentam dor no quadril, aumento da dor na rotação interna do quadril e rigidez matinal concomitante com duração <60 min.
    1. Os pacientes também podem ter limitação coexistente de flexão com flexão menor ou igual a 115° e  <15° de rotação interna.

Diagnóstico por imagem

  1. Considere primeiro as radiografias simples. De acordo com os critérios de adequação do ACR para dor crônica no quadril, a primeira linha de imagem deve ser radiografias simples do quadril e da pelve para a maioria, senão todos, os casos. Para OA de quadril, o exame físico e as radiografias podem ser melhores para o diagnóstico do que a ressonância magnética e têm sensibilidade e especificidade razoáveis.
  2. Considere imagens avançadas para sinais de degeneração da cartilagem. A ressonância magnética é mais sensível do que as radiografias simples para detectar os primeiros sinais de degeneração da cartilagem. A ressonância magnética com ou sem contraste pode ser indicada se o seguinte for suspeito e não confirmado com radiografias:
    1. Impacto
    2. Lágrimas labral
    3. Sinovite vilonodular pigmentada ou osteocromatose
    4. Artrite de tipo incerto
    5. Infecção

Intervenções

  • Considere várias abordagens. Tanto as intervenções ativas quanto as passivas, tanto físicas quanto mente-corpo, devem ser consideradas no plano de manejo. O seguinte é recomendado, com base em evidências atuais
    • uma. Intervenções físicas ativas:
      • Exercício
    • Intervenções físicas passivas
      • Terapia manual
  1. Fibromialgia

Considerações de diagnóstico para fibromialgia

A fibromialgia é diagnosticada principalmente a partir de uma história de um grupo típico de sintomas – dor crônica generalizada, sono não restaurador e fadiga (física e/ou mental) – quando outras causas possíveis foram excluídas.

Intervenções

  • Considere várias abordagens. Tanto as intervenções ativas quanto as passivas, tanto físicas quanto mente-corpo, devem ser consideradas no plano de manejo. O seguinte é recomendado, com base na evidência atual:
    • Intervenções físicas ativas:
      • Exercício (aeróbio e fortalecimento)
      • Conselhos sobre estilo de vida saudável
      • Educação na condição
    • Intervenções físicas passivas:
      • Manipulação da coluna
      • Liberação miofascial
      • Acupuntura
      • Terapia de Laser de Baixa Intensidade (LLL)
    • Ativos e passivos combinados: reabilitação multidisciplinar
    • Intervenções mente-corpo, incluindo CBT, meditação da atenção plena, ioga e t’ai chi , qigong.
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