Câncer de próstata com ênfase na saúde preventiva do homem

O Câncer de Próstata é passível de prevenção e pode ser evitado se for diagnosticado precocemente e ultimamente recomenda-se que o rastreamento seja proporcionado ao homem a partir dos 50 anos.

A Saúde do Homem vem se consolidando como uma emergente e importante área de investigação no campo da Saúde Coletiva, passando a ser incorporada nos debates acadêmicos e políticos, especialmente, naqueles relacionados aos estudos de gênero.

Neste estudo se questionou: O que os artigos científicos trazem a respeito do câncer de próstata com ênfase na saúde preventiva do homem?

O objetivo deste trabalho é descrever o câncer de próstata com ênfase na saúde preventiva do homem.

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada entre janeiro a março de 2019, fazendo uso de publicações indexadas na base de dados eletrônicas.

Desta forma, entende-se que os obstáculos que atrapalham o cuidado com a saúde do homem, além de serem justificativa, ainda servem para atentar o quanto as políticas de saúde não se propõem a investir na população masculina.

Os fatores que mais contribuem para invisibilidade dos homens na atenção primária são:

  1. Filas extensas;
  2. Horário de funcionamento das instituições de saúde incompatível com a jornada de trabalho;
  3. Poucos profissionais atuando na estratégia de saúde da família;
  4. Ausência de especialidades médicas;
  5. Demora em conseguir consulta médica e exames laboratoriais;
  6. Inexistência de programas voltados para a saúde masculina;
  7. Vergonha;
  8. Preconceito.

Neste contexto, ressalta-se que embora haja uma política voltada para a saúde do homem, é necessário:

  1. Conhecer políticas e programas;
  2. Implementar um programa para capacitar profissionais de saúde;
  3. Especificamente o enfermeiro e sua equipe;
  4. Ampliação dos horários dos serviços de saúde;
  5. Criação de um serviço especializado na saúde do homem, tudo isso como forma de poder criar um vínculo entre o homem e o serviço.

Atender as necessidades do homem a partir de:

  1. Suas características;
  2. Crenças;
  3. Cultura.

É fundamental que o homem tenha conhecimento da importância de ser acompanhado na atenção primária de saúde próxima a sua residência:

  1. Realizando a consulta com o enfermeiro para orientação com relação à promoção de sua saúde;
  2. Orientar que o homem também poderá atuar como seu conselheiro;
  3. Para ser ouvido e receber esclarecimentos quanto às dúvidas que surgirem ao longo do tempo.

Cabe ao profissional:

  1. Traçar estratégias para atrair os homens ao sistema de saúde, com campanhas que estimulem e promovam o hábito do homem procurar um serviço;
  2. Desenvolver estratégias para incentivar os homens a cuidarem de sua saúde;
  3. Qualificar cada vez mais para melhor atender a população masculina;
  4. Criar espaço para os usuários do sexo masculino e um grupo específico para discussão da saúde do homem;
  5. Gerenciar a demanda para que não haja grandes filas;
  6. Realizar visitas domiciliarias;
  7. Promover uma assistência íntegra.

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A construção social da masculinidade na prevenção do câncer de próstata na Atenção Básica à Saúde

O câncer de próstata é um problema de saúde, que está entre as principais causas de morte por câncer na população masculina, assim este estudo discute a importância da abordagem de gênero na prevenção.

A identidade masculina e a compreensão da masculinidade têm muita relevância na abordagem dos diferentes procedimentos e especialmente no que se refere a prevenção do câncer de próstata.

Uma vez que o câncer de próstata é uma doença com poucos sintomas e de evolução lenta permite que o homem disfarce ou oculte os seus sintomas, até mesmo não dando a eles a devida importância.

É fundamental que tenhamos metas na Atenção Primária à Saúde, para educação e promoção de programas de detecção que tenham em suas estratégias: o cuidado e o pensar nos motivos que conduzem o homem a não procurar e a não abordar os sintomas relacionados à sua saúde.

Os autores destacam os avanços médicos obtidos ao combate do câncer de próstata, as vantagens oferecidas pelos testes para diagnóstico precoce e as variedades de tratamentos com maiores chances de sobrevivência.

Por que a mortalidade pelo câncer de próstata continua aumentando?

Isso pode estar relacionado ao fato de que grande parte das pesquisas enfocam o aspecto médico e tendem a ignorar o impacto dos fatores socioculturais que intervêm nos processos de saúde-doença. A abrangência do gênero como determinante da saúde interfere na detecção precoce e no tratamento de doenças.

Uma pesquisa realizada em uma amostra de 10 países (França, Alemanha, Itália, Japão, Cingapura, Espanha, Taiwan, Reino Unido, Estados Unidos e México) no ano de 2015 revelou que três a cada cinco homens escondem o sofrimento do câncer de próstata e se calam sobre os diversos sintomas que sofrem, para não se sentirem menos homens, indicando os estereótipos masculinos que levam os homens a ignorarem os sinais e buscarem ajuda na hora certa.

Estudos realizados em 2011 e 2016 no contexto latino-americano sobre câncer e masculinidade, verificou-se a pouca utilização do serviço médico pelos homens que ignoram a necessidade e a adoção de medidas preventivas.

Geralmente são as esposas que os estimulam a buscar tratamento médico e os acompanham ativamente no processo de adoecimento.

A influência do imaginário masculino com o seu corpo em relação a prevenção do câncer de próstata, envolvem: o medo do toque retal, medo da dor, a possibilidade de impotência sexual e dúvidas sobre a masculinidade, em decorrência da grande carga cultural do machismo, da mesma forma que a predisposição para esse exame permeia o simbolismo sobre seu caráter invasivo do ponto de vista físico e emocional. 

O processo de prevenção do câncer de próstata deve ter como foco a atuação do homem de acordo com sua identidade e, a atuação das instituições sociais: promovendo confiança e acesso.

A implementação de programas e campanhas de educação preventiva e promoção da saúde, devem considerar as diferenças de gênero, em trabalho conjunto entre instituições governamentais, meios de comunicação e, fundamentalmente a Atenção Básica à Saúde.

Em resumo: os estudos referenciados refletem a relação negativa entre masculinidade e câncer de próstata; em particular a forma de vivenciar a doença, que tem como alvo importante os níveis de prevenção, eficácia do tratamento e a qualidade de vida.

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Mortalidade por câncer de mama masculino nas regiões brasileiras e nos estados do Nordeste

Nós devemos ficar alertas e divulgar que homens também podem ter câncer de mama. Um fato que é desconhecido por muitos e que por não ser divulgado vão levar muito homens a morte.

Este trabalho faz um alerta muito importe.

RESUMO

No Brasil, o câncer é a segunda causa de morte ficando atrás apenas das doenças cardiovasculares.

O principal câncer encontrado nas mulheres é o de mama, entretanto em casos raros esse pode acometer pessoas do sexo masculino, levando ao óbito de forma mais rápida. O objetivo deste trabalho foi identificar a taxa de mortalidade por câncer de mama masculino no Brasil, com ênfase nos estados da região Nordeste, porém este é um alerta para todo o Brasil.

Trata-se de um estudo ecológico e temporal com abordagem quantitativa. Foram selecionados as 5 regiões brasileiras e os 9 estados da região Nordeste nos anos de 2001 a 2015. Os dados foram coletados através do site do atlas online de mortalidade do Instituto Nacional do Câncer.

Os resultados encontrados que 839 homens morreram em razão do câncer de mama no período citado, a partir dos 30 a 39 anos houve um aumento nas notificações, em relação ao Nordeste os estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Sergipe apresentam as três maiores taxas.

Conclusão: evidenciou-se que o Sudeste foi a região que apresentou maior número de mortes e maior taxa. No Nordeste os estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Sergipe permaneceram acima da média e o Maranhão teve a menor taxa de mortalidade.

A Tabela abaixo mostra os números por região no Brasil, os dados são do Ministério da Saúde.

Na próxima tabelas temos os dados por idade, onde podemos verificar que nos homens jovens o câncer pode aparecer, mas isso é mais raro, nos homens acima dos 40 anos a aparecimento já é maior.

Desta forma os homens também devem fazer o auto exame da mama com regularidade, realizando palpação em movimentos circulares ao redor do mamilo.

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